quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vamos falar de música...e saudosismo.


Hoje joguei no twitter: Alguém lembra de Violeta Pop? Me surpreendi com resposta de colegas bem mais novos do que eu e que conhecem a banda. Ao menos ouviram falar. Depois em conversa com a minha amiga Betta, vocalista da Bipolar, descobri que a banda deu um tempo devido a gravidez da vocalista. Mesmo assim, os outros integrantes montaram uma banda chama Blugs, com um som mais pesado e autoral. Esse pensamento e indagação que surgiu nessa noite de quarta tem um propósito, mostrar que bandas vem e vão, mas poucas sobrevivem e a maioria se transforma.

Tenho quase 30 anos e lembro da minha pré-adolescência onde a banda mais conhecida em Caxias do Sul era a Lucille Band. Era a banda oficial das rádio da cidade. Se você, que está lendo, começou a olhar e dizer: Ppppoooo, vai ficar falando só sobre bandas que já se foram? Releia o título e se não gostou pare por aqui, porque só tende a piorar. A vida é saudosismo. Enfim, lembro dos shows da Lucille, com vocais poderosos do Fernando Costa, Franciele Duarte e Nicole Motin. Miss Liz com Rapha Schüller que hoje está zanzando pelo Estado.

Mas todas esas bandas cresceram, seus integrantes cresceram e amadureceram e por conseqüência esse adepto ouvinte cresceu e amadureceu. Vejo as bandas de hoje Zava, Os Oitavos, Bipolar, Bob Shut e diversas outras surgirem e amadurecerem. E amadurecer não é apenas terminar a banda, mas também buscar algo melhor pra si. Caxias tem uma das mais belas cenas musicais, de pessoas que refletem essa cidade, lutando por seus desejos.

A minha mente divaga, lembro do pessoal da Cabaret Hitch, que eu lembre a única a participar na MTV, graças a uma homenagem a Marina Person. Hoje temos a La Cross com seu baterista que participou do Geleia do Rock do Multishow. Bandas que vieram e foram, mas que marcaram essa cidade.

No futuro, alguém lembrará das bandas de hoje com o mesmo saudosismo que eu encaro as bandas passadas. Isso mostra que uma banda nunca termina realmente, ela vive na memória e no coração de seus fãs e seguidores (não do twitter). Aliás, na minha vivência em Porto Alegre, vi o Rapha Schüller num bar, voltei a pré-adolescência e não consegui nem conversar com o cara. Em meio a #putafaltadesacanagem, rever as bandas do passado e o que foi feito alegra o coração.

Ta, se esse post não lhe agradou, eu avisei, era puro saudosismo, tem Restart tocando em Caxias do Sul, vai lá e compra um ingresso pra assistir ele.

E voce? Lembra da Violeta Pop?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Desculpa


Às vezes temos que pedir desculpas, por nossos erros e por nossas decisões. Tirei do ar meu último post. Essa decisão foi tomada ainda ainda na madrugada, enquanto não dormia. Não pelos erros ali impressos, não pela abordagem, mas sim pelo assunto escolhido.

Falar dos problemas da minha vida particular não é algo que eu quero neste espaço, mas sim mostrar algo mais profissional. É uma abordagem que tentarei daqui pra adiante. Lógico que reclamar de coisas do cotidiano e necessário, mas fiz escolhas infelizes.

O ponto que culminou minha decisão foi a crítica de um leitor. Questionou minha profissão, meu português e o fato de não ter revisado o texto. Realmente, tento melhorar meu português e gostaria de agradecer a esse leitor. Ele preferiu o anonimato, o que é justo, mas me fez descobrir que antes do escrever para mim mesmo, eu escrevo para outras pessoas que acessam esse espaço.

Esse blog é meu, mas quero com ele melhorar meu ponto de vista sobre o mundo, minha escrita e principalmente acrescentar informação na vida das pessoas.
Então, por fim, mas não menos importante, deixo meu pedido de desculpas, nesse blog tão singelo.

Sim, sou jornalista formado, mas isso não significa que eu tenha um português impecável. Tenho meus defeitos, como ser humano e profissional e como tal tenho a humildade de pedir que reconsiderem meus erros.

Em breve trarei um post mais legal, bem produzido e que acrescente algo para as pessoas.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Suando a Camisa

Mudanças... muitas mudanças.
2009 terminou, 2010 começou e por incrível que pareça já esta quase na metade e por infelicidade ainda não postei nada relevante aqui. Me desculpem amados leitores internéticos. Minha vida foi reformulada - quem me conhece sabe como esta a situação - para melhor, lógico. Sinto falta de renovar coisas aqui, mas vou fazer um resumão de tudo que rolou nos últimos meses.

Fiquei em Porto Alegre até março, foi sensacional viver lá e agradeço aos três amigos que me disponibilizaram um canto em seu lar, são eles: Estevam Wagner, Felipe Knopp, Guilherme Trezzi. Passei calor, dormi no chão, ams aprendi a controlar meu dinheiro e na vida própria. Conheci o Correio do Povo e o pessoal de lá me acolheu com muito carinho, agradeço a eles também.

Voltei pra terra natal com o intuito de me tornar alguém melhor e é o que estou em busca. Ser um profissional e uma pessoa melhor, não apenas para mim mesmo, mas para as outras pessoas. É incrível como às vezes, voltar pra casa renova a vida da pessoa. Novos desafios profissionais me foram proposto e estou encarando todos com uma satisfação no olhar e no coração.

Sim, chegar no Correio do Povo foi um dos melhores desafios, mas agora é hora de alçar novos voos. Me convidaram para voltar, neguei, podem me chamar de idiota, mas a gente segue nosso coração e não o dos outros.

Bem, se alguém quiser ler alguma coisa minha mais atualizada, me segue no twitter: www.twitter.com.br/vfelipe, como sabem me tornei resenhista de quadrinhos pelo www.universohq.com.br e profissionalmente estou em uma empresa e fora que me convidaram para encarar escrever textos para uma apresentação musical.

Desafios que pretendo encarar e concluir até a metade desse ano. Bem, quanto ao cinema, entra em www.cinecomolegusta.blogspot.com, estou nesse projeto cineclubista. Agadeço inclusive ao Adriano Richardi pela oportunidade e espero estar a altura de ajudá-lo.

Assisti Avatar e pela primeira vez encarei um filme em 3D, visualmente ele é um bom filme, roteiro batido, mas que agrada o grande público, mas valeu a pena. Assisti ontem Alice no País das Maravilhas, também é um filme visualmente excelente e belíssimo. Roteiro que resbala em alguns momentos, mas que não estraga em nada a ida ao cinema.

Fora tudo isso, agradeço quem tem entrado neste espaço, mesmo com tudo parado, mas garanto que em breve atualizarei ele com coisas mais relevantes.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mais resenhas

Como eu havia dito, to empolgado e ocupando a cabeça fazendo resenhas de quadrinhos. Descobri que é uma tarefa árdua, mas que me satisfaz. Aos poucos vou pegando dicas com o resto do pessoal do UniversoHQ.
Deixando de lado a enrolação, vai aqui mais duas resenhas:

Dimensão DC - Lanterna Verde 15 e

Marvel Millenium Wolverine VS Hulk 2

Sei que to devendo um post aqui, mas em breve estarei inspirado pra escrever. Bem, aproveite pra ler as resenhas dos outros colaboradores do site. No final da resenha tem o meu e-mail pra quem quiser se corresponder.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Joguei tudo pro ar

Lembra que em alguns posts atrás que não fazia resenhas de quadrinhos? Pois bem, na semana passada resolvi jogar tudo pro ar e investi nesse meio. Vou fazer resenhas de quadrinhos sim e pro Universo HQ. Então assim, na sexta-feira entraram duas resenhas que estou linkando abaixo:

Liga da Justiça 84 e

Marvel Millenium Wolverine Vs Hulk

Falando nisso, tenho que escrever as outras duas resenhas. Quem quiser ler um pouco sobre quadrinho confere o site. Farei para o momento três resenhas por mês, quem sabe com melhores condições salariais a situação mude.

Agradeço inclusive a Sidney Gurman pela oportunidade.

É isso, curtinha só pra postar algo. Mas seguinte, no blog eu irei repassar o link das resenhas, pois a programação aqui continua a mesma. Quer as resenhas, vai no UniversoHQ.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Por um par de pernas, perdemos a cabeça


Por um par de pernas estudantes perderam a cabeça. Devido à pele exposta de coxas, vimos universitários virarem animais irracionais. Por uma minissaia, uma estudante foi exposta ridicularizada e humilhada. Pelo machismo presente hoje em dia, uma jovem, bonita e de belíssimas pernas passou vergonha e virou história nacional. Pela idiotice, aqueles que deveriam se firmar como pensadores livres se tornaram trogloditas infames.

Pela covardia e pela inveja, outras garotas não deram apoio a uma colega, mas mostraram que andam conforme a sociedade deseja. Por sua hereditariedade aqueles que deveriam ser civilizados tornaram-se animais em grito de repulsa. Pela sua própria beleza, uma garota escolheu um vestido rosa com saia curta para ir à faculdade, valorizou o seu ego, incomodou o mundo preto e branco.

Por burrice e por uma falsa idoneidade a faculdade puniu a vítima e apoiou os culpados. Numa mistura de inversão de valores, vítima se tornou ré e ré se tornou vítima. Tentando mostrar uma justiça inexistente, o Brasil saiu perdendo e a menina do vestido rosa chorou para ele. Por uma busca de uma vida normal, ela declarou só querer terminar o semestre. Pela ignorância e por um par de pernas vimos o país virar vergonha. Pelos portugueses que aqui chegaram, repudiamos o corpo de nossos iguais e tornamos pecado o que nos acompanhará por toda a vida.

Um vestido rosa mudou a vida de uma menina. Um vestido rosa mudou a vida de uma universidade. Um vestido rosa mudou a vida de um país. Um vestido rosa mostrou que nossa involução ainda é maior que a nossa evolução.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Resenha Cinema: CHE – Part Two


Como falei no mês passado do filme CHE, aproveitei esse final de semana, fui ao Centro de Cultura Mário Quintana e assisti a continuação da cinebiografia contada por Steven Sodenbergh. A parte dois do filme Che se torna massante em comparação com o primeiro filme. Enquanto a primeira parte relata o triunfo de CHE e a Revolução em Cuba, sua continuação relata as últimas horas do guerrilheiro abrindo suas ações junto à Bolívia. São os últimos dias do homem que tentava mudar a situação dos países latino-americanos.

Se no primeiro filme as idas e vindas na história traziam mais dinamismo, nessa segundo parte elas inexistem e tornam o filme mais massante. A ação quase não aparece, são apenas duas horas do guerrilheiro fugindo ou se escondendo e do governo boliviano, juntamente com as forças norte-americanas indo à caça dos revolucionários. O roteiro se ateve apenas a contar em ordem cronológica todo o sofrimento de Guevara em um país que pouco o aceitava, mas que ele acreditava que iria mudar.

A câmera desenfreada é a única coisa que torna o segundo filme um pouco mais atraente. Em certos momentos você parece ser um dos seguidores, correndo, se escondendo e principalmente sofrendo. Enquanto o primeiro filme mostrava a glória e a estratégia, o segundo mostrou o sofrimento e a traição. Cada momento a revolução era traída pelo próprio povo da Bolívia. Como o filme é baseado no próprio diário de Ernesto Guevara, pode-se perceber que mesmo nos momentos de extrema dificuldade ele mantinha sua índole.

O que se salva nessa segunda parte realmente é a atuação de Benício Del Toro e da maquiagem. De cara vemos Ernesto entrando na Bolívia disfarçado e completamente irreconhecível. O ator deu total ênfase às crises de asma que Guevara sofria por estar no meio da mata, tendo que enfrentar não apenas sua saúde, mas as divergências internas entre seus companheiros. Se o ator conseguiu demonstrar tanto a debilidade de CHE, quanto a imponência dele como líder.

O final todo mundo sabe: Che Guevara morre. Mas o filme deixa uma pergunta no ar, quem morreu naquele momento foi CHE ou fomos nós mesmos? A resposta dessa pergunta todos sabemos, afinal o mito morreu tentando dar condições aos povos latinos e se não conseguiu isso ao menos deixou sua imagem como estímulo. A Bolívia continuou sofredora e agora é governada por Evo Morales, um camponês que colhia folhas de coca e hoje governa a Bolívia para seu próprio povo.