quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Por que não sobre quadrinhos?

Outro dia me questionaram: Por que não falo sobre quadrinhos em meu blog? Eles até estão em alguns post sendo comparados com filmes ou em resenhas que fiz pro site Neorama do Marko Adjarick. Entenda sou um amante da Nona Arte, quem me conhece sabe que estou sempre lendo notícias sobre o assunto, que estou comprando livros sobre quadrinhos e lógico HQs. Por isso surge sempre essa dúvida, por que não falo sobre quadrinhos? A resposta é simples. Amor.

Descobri que amo os quadrinhos e leio independente da qualidade que eles possuem. Eu posso estar sem dinheiro, mas dou um jeito de comprar. Por esse motivo não consigo ter um olhar realmente crítico sobre eles. As resenhas que fiz foram uma experiência bem legal, mas me sentia como xingando a namorada que tu tanto ama. É um gostar tanto que não consegue falar mal. Na minha vida se tornou algo tão presente que minha monografia de final de curso trazia um estudo sobre as Charges de Jornal, tirinhas de um quadro só, que esta diariamente em nossas residências.

Por isso que no meu blog me dedico a falar de filmes, livros, notícias do dia-a-dia e um pouco sobre música. Mesmo assim, só comento aquilo que realmente têm algo a acrescentar. Não vai ler aqui uma resenha de filmes como Transformers. Isso que eu assisti o “filme” só pela nostalgia dos anos 1980. Shows, eu acabo citando aqueles que são marcantes, como os que você leu aqui, mas quadrinhos, ou gibi também, é algo que não consigo olhar com um lado tão crítico.

Outro porém, quadrinhos é uma leitura que necessita da criatividade do leitor. Quando você pega uma HQ tem que completar os quadros, seguir a cronologia, ele não é uma arte gratuita, é um trabalho em conjunto. Cito trabalho em conjunto porquê envolve roteirista, desenhista, arte-finalista, colorista, editor e você. De nada adianta ler quadrinhos se você não faz esse trabalho mental. Talvez seja esse o motivo de muita gente ter preconceito com as HQs.

Bem, mas se você quer começar a ler quadrinhos, dou uma dica bem legal. Comece por algo que te atraia, independente do que for, seja história, a arte ou mesmo a cor. O ideal é ler coisas que se identifique, nem que seja histórias da Turma da Mônica ou quem sabe algum mangá. Eu comecei assim, lia HQs de super-heróis por livrar minha mente da realidade e pelo que me acrescentava de conhecimento. Até hoje leio muito material da DC Comics, fora os encadernados que são caros, mas uma boa pedida para colecionar. E mais uma, porque vou ficar falando de quadrinhos aqui se temos sites como o Universohq, Hqmaniacs e Omelete. E se pra quem quiser dar risada sobre essa arte tem blogs como o do Judão e Os Melhores do Mundo entre diversos outros.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Resenha Cinema: Bastardos Inglórios

Já foi assistir Bastardos Inglórios, o novo filme de Quentin Tarantino e estrelado por Brad Pitt? Se não foi, te garanto que é a dica que dou pra essa semana. O roteirista e diretor simplesmente criou um filme épico sobre a Segunda Guerra Mundial e que é um soco no estômago do nazismo. A história conta um grupo de judeus de diversas nacionalidades que vão em busca de Hitler e trabalham pelo fim da Guerra. O grupo é liderado por Aldo Raine (Pitt).

O roteiro do filme é fantástico e segue uma ordem cronológica com uma voracidade única dos filmes de Quentin Tarantino. A violência esta ali, mas ela não é gratuita. O poder das falas no filme é algo que prende e é o ponto realmente forte da película, tornando Bastardos Inglórios um filme tenso em diversos momentos. O diretor (que costumeiramente faz filmes mais urbanos) explorou sua veia histórica, mas com a sua costumas crítica. Ele entremeia as histórias dos próprios nazistas, o grupo dos bastardos e Shosanna Dreyfus (a belíssima atriz Mélanie Laurent), uma sobrevivente do ataque de um caçador de nazistas.

Falando nos atores não temos como não falar de Pitt, ele é engraçado, tanto quanto em Snatch: Porcos e Diamantes e traz um soldado marcado pela guerra e com um humor ferrenho e insano. Seu Aldo Raine é insano, ele esta lá com o único intuito de caçar, torturar e mostrar que os nazistas são medrosos e consegue isso.

Agora em questão de interpretação, quem roubou a cena foi o ator veterano Cristopher Waltz, um veterano ator da TV alemã. Ele simplesmente fala 4 línguas no filme, com um toque de perfeição, consegue conduzir o público durante suas falas e você realmente sente nojo do seu personagem em diversos momentos. No filme Waltz interpreta o Coronel Landa, também conhecido como “O Caçador de Judeus”. Ele é sagaz, sacana e acima de tudo inteligente, sabe sair das adversidades com brilhantismo e o ator traz isso ao personagem.

A trilha sonora mescla música clássica com um rock pós-moderno, coisas típicas de Tarantino, mas o que se percebe é que dessa vez ele deixou a experimentação, utilizada em Kill Bill de lado. Ver Bastardos Inglórios surpreende, não pela qualidade, mas por uma história que tem como base fatos históricos e a visão de um diretor que mereceria um Oscar pelo seu brilhantismo e sua insanidade.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Começa a Feira das Palavras

A Feira do Livro de Caxias do Sul abriu oficialmente suas bancas nesta sexta-feira na Praça Dante Alighieri. Ao todo são diversas livrarias e editoras que compõem o cenário no Centro de Caxias do Sul, onde a atração principal é a leitura. A Feira vai contar também com diversas atrações entre contações de histórias, teatro e música. O evento é importante não apenas na questão econômica, mas também no que se refere à educação e busca de novos leitores. Quando falo novos leitores não faço referência à idade, mas também pessoas que querem criar o hábito da leitura.

Passei pelos corredores no sábado e no domingo, achei tudo muito bem estruturado, melhor que nos anos seguintes. Pelo sábado de manhã conferi apresentação da Orquestra Municipal de Sopros. Todo o momento que estive na feira, a movimentação de leitores foi intensa, com olhares curiosos e as negociações rolando. Dos livros de romance nada me interessou, talvez compre algo na área de jornalismo, mas ainda vou visitar muito o local a procura de algo interessante.

O interessante da Feira do Livro é isso. É garimpar as livrarias em busca de algo que queira ler e os preços estão em promoção, tudo com desconto para poder atrair o leitor sem ferir seu bolso. Para quem quiser, o local tem disponível um café para aproveitar, degustar e conferir a movimentação.

Para quem quiser conferir a Feira do Livro e não teve oportunidade nesse final de semana, pode ficar tranqüilo, pois ela vai até o dia 18 de outubro.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Mágico Teatro Musical

Ontem o UCS Teatro teve a presença de uma das bandas, senão "a banda", mais interessante do cenário musical atual: "O Teatro Mágico". Foram quase duas horas de um espetáculo que dispensa comentários e merece muitos aplausos. O grupo, para quem não sabe, une um espetáculo circense, com música e teatro. A mágica? A mágica fica por conta desse conjunto e da vibração que o espetáculo causa na platéia.

Começando pela música, confesso que conhecia a banda pelo nome, mas nunca tinha assistido ou escutado nada deles e me surpreendi. A banda possui uma qualidade musical e uma sonoridade inigualáveis. E não é somente isso, mas as letras são divertidas, que chamam a platéia para que se solte. E as letras são totalmente engajadas, fazem críticas sociais e a liberdade da cultura. Aliás, a banda participa do Movimento MPB (Música Para Baixar) e durante o espetáculo é recomendado pelos músicos que as pessoas baixem as músicas pela internet.

A parte circense fica por conta das maquiagens, das roupas e da indumentária utilizada. Durante a apresentação, dois atores ficam fazendo malabarismo, interagindo com o público e fazendo acrobacias num mini trapézio instalado. Durante todo o tempo o público acompanha as músicas com esse misto de espetáculos, piruetas, acrobacias, é como voltar à infância e ver um circo. Em alguns momentos a infância me voltava na memória. Lembrei da última vez que fui ao circo com meu falecido avô, que achava fantástico as acrobacias.

Os músicos trazem muitas verdades do mundo e não apenas tocam, mas interpretam as músicas, o tempo inteiro eles estão correndo pelo palco, interagindo entre eles e com o público. Lembra um pouco Tangos e Tragédias, mas com mais poesia e menos palhaçada. Muitos comparam O Teatro Mágico com outras encenações como “Cirque Du Soleil”, e, apesar da influência, sua apresentação não tem comparação. Eles acrescentam crítica, poesia e magia, deixando o público com uma sensação de leveza quando termina o espetáculo e, lógico pedindo “bis”.

Vale muitíssimo a pena assistir a trupe; sozinho, acompanhado ou em um grande grupo.

Chama à atenção a quantidade de crianças na platéia. Seu olhar inocente e encantado fazia valer a pena estar ali. Porém, assistir ao espetáculo sentado na poltrona é muito ruim, a vontade de se erguer, dançar, pular e participar do espetáculo e contagiante e, tinha que se conter porque o resto da platéia estava "comportada".

A foto que estampa esse post foi tirada por mim com um celular, está ruim, mas está bom...

No mais, fica a dica de que se você tiver a oportunidade de conhecer esse espetáculo, vá sem medo.