sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Mágico Teatro Musical

Ontem o UCS Teatro teve a presença de uma das bandas, senão "a banda", mais interessante do cenário musical atual: "O Teatro Mágico". Foram quase duas horas de um espetáculo que dispensa comentários e merece muitos aplausos. O grupo, para quem não sabe, une um espetáculo circense, com música e teatro. A mágica? A mágica fica por conta desse conjunto e da vibração que o espetáculo causa na platéia.

Começando pela música, confesso que conhecia a banda pelo nome, mas nunca tinha assistido ou escutado nada deles e me surpreendi. A banda possui uma qualidade musical e uma sonoridade inigualáveis. E não é somente isso, mas as letras são divertidas, que chamam a platéia para que se solte. E as letras são totalmente engajadas, fazem críticas sociais e a liberdade da cultura. Aliás, a banda participa do Movimento MPB (Música Para Baixar) e durante o espetáculo é recomendado pelos músicos que as pessoas baixem as músicas pela internet.

A parte circense fica por conta das maquiagens, das roupas e da indumentária utilizada. Durante a apresentação, dois atores ficam fazendo malabarismo, interagindo com o público e fazendo acrobacias num mini trapézio instalado. Durante todo o tempo o público acompanha as músicas com esse misto de espetáculos, piruetas, acrobacias, é como voltar à infância e ver um circo. Em alguns momentos a infância me voltava na memória. Lembrei da última vez que fui ao circo com meu falecido avô, que achava fantástico as acrobacias.

Os músicos trazem muitas verdades do mundo e não apenas tocam, mas interpretam as músicas, o tempo inteiro eles estão correndo pelo palco, interagindo entre eles e com o público. Lembra um pouco Tangos e Tragédias, mas com mais poesia e menos palhaçada. Muitos comparam O Teatro Mágico com outras encenações como “Cirque Du Soleil”, e, apesar da influência, sua apresentação não tem comparação. Eles acrescentam crítica, poesia e magia, deixando o público com uma sensação de leveza quando termina o espetáculo e, lógico pedindo “bis”.

Vale muitíssimo a pena assistir a trupe; sozinho, acompanhado ou em um grande grupo.

Chama à atenção a quantidade de crianças na platéia. Seu olhar inocente e encantado fazia valer a pena estar ali. Porém, assistir ao espetáculo sentado na poltrona é muito ruim, a vontade de se erguer, dançar, pular e participar do espetáculo e contagiante e, tinha que se conter porque o resto da platéia estava "comportada".

A foto que estampa esse post foi tirada por mim com um celular, está ruim, mas está bom...

No mais, fica a dica de que se você tiver a oportunidade de conhecer esse espetáculo, vá sem medo.

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