O roteiro do filme é fantástico e segue uma ordem cronológica com uma voracidade única dos filmes de Quentin Tarantino. A violência esta ali, mas ela não é gratuita. O poder das falas no filme é algo que prende e é o ponto realmente forte da película, tornando Bastardos Inglórios um filme tenso em diversos momentos. O diretor (que costumeiramente faz filmes mais urbanos) explorou sua veia histórica, mas com a sua costumas crítica. Ele entremeia as histórias dos próprios nazistas, o grupo dos bastardos e Shosanna Dreyfus (a belíssima atriz Mélanie Laurent), uma sobrevivente do ataque de um caçador de nazistas.
Falando nos atores não temos como não falar de Pitt, ele é engraçado, tanto quanto em Snatch: Porcos e Diamantes e traz um soldado marcado pela guerra e com um humor ferrenho e insano. Seu Aldo Raine é insano, ele esta lá com o único intuito de caçar, torturar e mostrar que os nazistas são medrosos e consegue isso.
Agora em questão de interpretação, quem roubou a cena foi o ator veterano Cristopher Waltz, um veterano ator da TV alemã. Ele simplesmente fala 4 línguas no filme, com um toque de perfeição, consegue conduzir o público durante suas falas e você realmente sente nojo do seu personagem em diversos momentos. No filme Waltz interpreta o Coronel Landa, também conhecido como “O Caçador de Judeus”. Ele é sagaz, sacana e acima de tudo inteligente, sabe sair das adversidades com brilhantismo e o ator traz isso ao personagem.
A trilha sonora mescla música clássica com um rock pós-moderno, coisas típicas de Tarantino, mas o que se percebe é que dessa vez ele deixou a experimentação, utilizada em Kill Bill de lado. Ver Bastardos Inglórios surpreende, não pela qualidade, mas por uma história que tem como base fatos históricos e a visão de um diretor que mereceria um Oscar pelo seu brilhantismo e sua insanidade.
Um comentário:
ótimo filme, inigualável...
tb fiz uma crítica... dá uma olhada aí!
ah, e concordo plenamente: Tarantino merece Oscar!
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